Na comunidade de Praia Abade existe uma comissão de produção de sabão artesanal composta por pescadores e palaiês residentes nesta mesma comunidade. Esta comissão provém da intervenção do projecto OmaliVidaNón nas comunidades piscatórias com as quais tem vindo a trabalhar. Este grupo de pescadores e palaiês participaram num concurso de ideias comunitárias, que tem o objectivo de promover alternativas de renda sustentável nas comunidades piscatórias, com a proposta de produção de sabão de coco artesanal. O apoio de que beneficiaram (capacitação e materiais), permitiu-lhes produzir sabão artesanal feito através de óleo de coco, sabão este que traz muitos benefícios para a nossa pele e corpo. O projecto continua a apoiar o grupo, o que tem permitido a continua produção de sabão e disponibilização do mesmo para a população local. Este sabão encontra-se disponível para venda no espaço Bela Casa, Lusocash, e na loja do senhor Hipólito todos situados na cidade de Santo António.
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Os extensionistas do projecto #OmaliVidaNón são pescadores e palaiês das comunidades piscatórias abrangidas pelo projecto. No seu trabalho, os extensionistas deslocam-se às praias das suas comunidades e recolhem dados sobre o esforço de pesca, como por exemplo: • os pescadores e o seu material de pesca • práticas de pesca (incluindo esforço e áreas de pesca) • tipos e quantidade de pescado • tamanho e peso de algumas espécies seleccionadas Estes dados têm contribuido para o desenvolvimento de uma base de dados essencial para a definição de áreas marinhas protegidas no Príncipe e para a monitorização dos imapctos das intervenções de gestão de conservação dos ecossistemas e dos recursos marinhos de forma participativa envolvendo directamente as comunidades piscatórias. O levantamento de dados socioecónomicos nas comunidades piscatórias da Ilha do Príncipe tem como objectivo a recolha de informação socioeconómica das comunidades piscatórias, essencial para entender as condições de vida das diversas comunidades (especialmente pescadores e palaiês) onde o projeto decorre e a sua dependência dos recursos naturais. Desta forma podemos ter em conta as suas necessidades e prioridades, e informar o desenvolvimento de medidas que beneficiem (e não prejudiquem!) as comunidades piscatórias. Para além disto, esta informação é também importante para monitorizar o impacto das várias iniciativas de gestão e conservação marinha no Príncipe.
O projecto Omali Vida Nón terminou no mês de Outubro o trabalho de monitorização sócio- económica com um total de 532 inquiridos em 15 comunidades piscatórias da Ilha do Príncipe com sucesso. A ilha do Príncipe está de parabéns! O Governo Regional e as comunidades piscatórias, com o apoio do projeto Omali Vida Nón, acordaram entre si a criação das primeiras Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) do país e selecionaram, em conjunto, as zonas prioritárias para esse efeito.
Este grande passo foi dado durante a Assembleia do Co-gestão das AMPs que decorreu no passado dia 10 de Setembro e que contou com a ilustre presença do Sr. Presidente do Governo Regional e dos representantes das várias partes interessadas. Com esta iniciativa pretende-se regenerar os recursos pesqueiros e melhorar os meios de subsistência dos pescadores e palaiês, proteger a biodiversidade e habitats marinhos, bem como contribuir para o objetivo do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Príncipe (Principe2030) no que respeita à criação de AMPs. Mais uma vez a ilha do Príncipe demonstra ser um modelo de sustentabilidade que se preocupa com os seus recursos naturais e com a classe de pescadores e palaiês que alimenta o país! Fauna & Flora International Oikos - Cooperação e Desenvolvimento Marapa BlueActionFund Arcadia. |
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